segunda-feira, dezembro 13, 2004

Metades

Na vida e no amor, a proporção divina mede-se por metades.
Uma alma, duas metades.
Um amor, duas almas, uma reunificação.
Quando ele subsiste, a cumplicidade entre ambas torna-se evidente.
Aceitam-se, e unem-se para formar uma metade num amor que abraça outro…
Uma alma, gémea de outra.

Na sua ausência, as metades separam-se.

A mais forte, a racional, protege a alma. Vive do que tem.
Não se ilude, e resguarda-se das feridas do passado.
Inveja a audácia da outra metade, mas não pode, dói lhe muito.

A outra, a emocional, procura a felicidade,
Volta-se para fora e tenta sobreviver na busca incessante da sua metade.
Não a metade da alma, mas a metade do amor.

A inquietude de uma, revolta a outra.
As duas tentam negociar um compromisso. Difícil, quase sempre.
A batalha trava-se, uma leva sempre a melhor sobre a outra. Seja que metade for.
Marcam o passo, definem o estado de espírito.
São assim as metades…

Rabbit

2 Comments:

  • gostei muito. acredito na dualidade das metades intrinseca ao ser humana. não acredito que a metade de nós esteja fora e que a devemos procurar. é uma teoria que nos deixa ansiosos e eternamente insatisfeitos. beijo

    By Blogger trintapermanente, at 7:04 da tarde  

  • O meu amigo Rabbit no seu melhor!
    Um abraço
    canina

    By Anonymous Anónimo, at 10:23 da manhã  

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