terça-feira, julho 19, 2005

Ela, a minha vida!

Porque será que a vida, a minha vida, teima em decidir sem me consultar.
Supostamente, ela deveria andar de mão dada com a vontade, a minha vontade. Ela seria o resultado das minhas decisões, o espelho do caminho que eu escolho traçar.
Algo me diz que a minha, anda a pregar me partidas há já algum tempo.
Não acho que ela tenha que ceder a todos os meus caprichos, diria até que o que lhe traz consistência, é a luta que se ganha, quando nos impomos perante as adversidades que Ela apresenta.
Será que existiu alguma negociação prévia? Será que adormeci, e faltei a esse dia fatídico?
Serei eu um produto Dela, ou Ela um produto da minha vontade.
Não era suposto chegarmos a algum acordo, já que Ela é intrinsecamente minha.
Serei eu um artefacto na vida de alguém, sem vida própria, limitando-me a secunda rizar o enredo de outrem.
Será que é isso que me resta? Ser a peça do puzzle de alguém…
Ou então é castiça, e acha piada a estas merdas. “Fácil?...Não!!! Vamos complicar mais um pouco a vida ao rapaz.”
Por mais portas que abro, sai-me sempre o trem de cozinha. Começo a duvidar da existência do grande prémio.
Eu sei que não me posso queixar, mas apetece-me.
Por uma vez na vida, gostaria que Ela pactuasse comigo.
É difícil sentir… E eu sinto. Finalmente sinto…
E não quero que ela nem este sentimento desapareça.
Mas preciso que Ela me ajude.
Rabbit

2 Comments:

  • Tal como a minha professora de português conseguia fazer, também eu era agora capaz de explicar ao comum dos leitores o que o escritor sentia quando escrevia estas palavras...

    By Anonymous Anónimo, at 1:38 da manhã  

  • just do it! às mulheres não as podes deixar pensar

    By Blogger trintapermanente, at 7:54 da tarde  

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