Um pelão! Dois pelões!
Outubro_25
Um dia como qualquer outro, mais um que se aproximava do fim.
O ritual cumpriu-se, a carruagem escolhida ao acaso, o lugar…criteriosamente.
Passo um olhar de relance pelos os ocupantes, meus companheiros de viagem. Aqueles segundo decisivos, são de uma importância vital. É a diferença em ter como companheiro, o Sr. Manuel, Encarregado de Obra, carregado de suor de um dia na labora. Ou, a Francesca Bertollini, Italiana de berço, 23 anos, estudante de erasmus, louca por travar conhecimentos com meninos engravatados, mas com um ar deveras selvagem.
Para vos dizer a verdade, o acaso desempenha um papel muito forte neste processo. A maior parte das vezes acabo sentado ao lado de uma Dª.Manuela qualquer, 54 anos, mãe de 3 filhos, funcionário pública, munida com uma cópia da Nova Gente, Caras ou TV 7 dias. Não é mau, mas também não me esquenta a ponta.
A carruagem encontrava-se meio cheia, mas vazia do conteúdo que se procurava.
Seleccionei o lugar ideal (pensava eu, como sempre o faço), um lugar de certo modo intimista, reservado, ideal para mim e para uma dada Francesca…acolhedor, só nosso.
Um lugar ao meu lado, vago…para ela.
Instalei-me confortavelmente…e esperei, esperei. Nestas alturas, enquanto não sou embalado pelo movimento sonolento do comboio, observo atentamente os transeuntes….cada um a caminho da sua carruagem, dependendo das suas conveniências e prioridades.
Há dois tipos de pessoas nestas andanças. Aqueles que deambulam livremente pelos corredores, carruagem após carruagem, à procura do primeiro lugar livre. Os outros, que seleccionam uma do seu agrado, seja a primeira, a quinta, ou última (útil para quem sai em Cascais). Não me importava a que grupo pertencesse, desde que chegasse.
A espera chega a ser dolorosa. Procede-se à seguinte analogia: Dia de cinema, temos tudo planeado. O local, a sessão, e a película…está tudo perfeito. Até chegamos mais cedo, compramos a pipoca, a gasosa e instalamo-nos confortavelmente. E aguardamos…As pessoas vão chegando, umas compactas , outras nem por isso..mas sempre dentro do limite do aceitável. Passam na fila à nossa frente…a cadeira directamente à tua frente esquiva-se a cada passagem. Heheheh, visão totaliii! (pensas tu)! Até tenho onde por os pés.
De repente, e num ápice, saido disparado do canto do olho, chega um sujeito de 1 metro e 90, e entre 50 lugares ainda vagos, todos sabemos onde se vai sentar. SIM, É ISSO MESMO! À NOSSA FRENTE. Pute de merde!!!
Pronto, o sentimento é o mesmo.
Adiante…
Após uma espera dolorosa, com algumas trocas de olhares ferozes, com os Manueis e Manuelas do comboio das 20:00 com paragem em Santos, Algés e Oeiras, sinto um ligeiro toque no ombro.
Ui…Estremeci todo. É ela….A cabeça, num movimento suave, e ligeiramente sensual, volta-se para trás como se tivesse uma autonomia própria.
E…e…choro! Choro por dentro.
Poupo vos a descrição, só vos digo que de Francesca nada tinha, só se fosse numa próxima vida.
Afundei me no banco, a tentar recompor me emocionalmente, lambendo as feridas, reformulando estratégias para o dia seguinte…
Quando tudo parecia ter chegado ao fim e entregue ao destino… no horizonte descortino um pêlo. Um pêlo não!! Um pelão sobre o encosto do banco da frente fixa-me o olhar.
Um pêlo púbico…Um não, dois!!
Não demorou muito, para perceber a sua origem. Estava encarquilhada pela falta de sol, finalmente livre… e a 15 cm de mim!!!!! Meu não era!!!
Entalado e agastado,
É caso para dizer: Um pelão, dois pelões!!!
Rabbit
Um dia como qualquer outro, mais um que se aproximava do fim.
O ritual cumpriu-se, a carruagem escolhida ao acaso, o lugar…criteriosamente.
Passo um olhar de relance pelos os ocupantes, meus companheiros de viagem. Aqueles segundo decisivos, são de uma importância vital. É a diferença em ter como companheiro, o Sr. Manuel, Encarregado de Obra, carregado de suor de um dia na labora. Ou, a Francesca Bertollini, Italiana de berço, 23 anos, estudante de erasmus, louca por travar conhecimentos com meninos engravatados, mas com um ar deveras selvagem.
Para vos dizer a verdade, o acaso desempenha um papel muito forte neste processo. A maior parte das vezes acabo sentado ao lado de uma Dª.Manuela qualquer, 54 anos, mãe de 3 filhos, funcionário pública, munida com uma cópia da Nova Gente, Caras ou TV 7 dias. Não é mau, mas também não me esquenta a ponta.
A carruagem encontrava-se meio cheia, mas vazia do conteúdo que se procurava.
Seleccionei o lugar ideal (pensava eu, como sempre o faço), um lugar de certo modo intimista, reservado, ideal para mim e para uma dada Francesca…acolhedor, só nosso.
Um lugar ao meu lado, vago…para ela.
Instalei-me confortavelmente…e esperei, esperei. Nestas alturas, enquanto não sou embalado pelo movimento sonolento do comboio, observo atentamente os transeuntes….cada um a caminho da sua carruagem, dependendo das suas conveniências e prioridades.
Há dois tipos de pessoas nestas andanças. Aqueles que deambulam livremente pelos corredores, carruagem após carruagem, à procura do primeiro lugar livre. Os outros, que seleccionam uma do seu agrado, seja a primeira, a quinta, ou última (útil para quem sai em Cascais). Não me importava a que grupo pertencesse, desde que chegasse.
A espera chega a ser dolorosa. Procede-se à seguinte analogia: Dia de cinema, temos tudo planeado. O local, a sessão, e a película…está tudo perfeito. Até chegamos mais cedo, compramos a pipoca, a gasosa e instalamo-nos confortavelmente. E aguardamos…As pessoas vão chegando, umas compactas , outras nem por isso..mas sempre dentro do limite do aceitável. Passam na fila à nossa frente…a cadeira directamente à tua frente esquiva-se a cada passagem. Heheheh, visão totaliii! (pensas tu)! Até tenho onde por os pés.
De repente, e num ápice, saido disparado do canto do olho, chega um sujeito de 1 metro e 90, e entre 50 lugares ainda vagos, todos sabemos onde se vai sentar. SIM, É ISSO MESMO! À NOSSA FRENTE. Pute de merde!!!
Pronto, o sentimento é o mesmo.
Adiante…
Após uma espera dolorosa, com algumas trocas de olhares ferozes, com os Manueis e Manuelas do comboio das 20:00 com paragem em Santos, Algés e Oeiras, sinto um ligeiro toque no ombro.
Ui…Estremeci todo. É ela….A cabeça, num movimento suave, e ligeiramente sensual, volta-se para trás como se tivesse uma autonomia própria.
E…e…choro! Choro por dentro.
Poupo vos a descrição, só vos digo que de Francesca nada tinha, só se fosse numa próxima vida.
Afundei me no banco, a tentar recompor me emocionalmente, lambendo as feridas, reformulando estratégias para o dia seguinte…
Quando tudo parecia ter chegado ao fim e entregue ao destino… no horizonte descortino um pêlo. Um pêlo não!! Um pelão sobre o encosto do banco da frente fixa-me o olhar.
Um pêlo púbico…Um não, dois!!
Não demorou muito, para perceber a sua origem. Estava encarquilhada pela falta de sol, finalmente livre… e a 15 cm de mim!!!!! Meu não era!!!
Entalado e agastado,
É caso para dizer: Um pelão, dois pelões!!!
Rabbit
1 Comments:
Tá mto fixe! Hehehe.
By Anónimo, at 9:45 da tarde
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